"Sim porque pagamos a água que bebemos, se ela é 70% do nosso corpo e sem ela podemos morrer em 24 horas, desidratados? É no mínimo estranho !!"

   Lancei este tema de conversa numa roda informal de amigos, entre os quais alguns politicos e autarcas. "Não pode ser, já viste os custos disso, esbanjamento, captação, distribuição e armazenagem?" retorquiram !!! 

   Concordei com as razões, mas lembrei-lhes por exemplo os custos da Saúde gratuita ou  tendencionalmente gratuita. E a conversa descambou quando inquiri quem é que pagava a diferença entre a taxa moderadora e o custo real por exemplo de uma consulta hospitalar que são respectivamente 3€ e 30€ ?

   De facto não houve argumentos. É o Estado que paga os custos do tratamento dos Doentes conforme preconiza a Constituição. Mas o Estado pagar um bem essencial que é 70% do nosso corpo e sem o qual em 24 horas ficamos desidratados e a precisar de tratamento hospitalar isso NÃO! NUNCA! Até porque não está na Constituição! "Esqueceram-se duas vezes" digo eu!

   Então como ficamos. A água não é um Direito à vida? Primeiro, fique doente à vontade se não puder pagar a água, que depois tratamo-lo(a) à borla. Damos-lhe até os melhores serviços. De facto é no mínimo estranhíssimo este conceito. Neste caso nem se considera a prevenção da doença ou possiveis doenças.

   É dificil de aceitar a duplicidade de critérios que aqui se subentende. Algo me escapa para compreender que assim como está é que está correcto! Dá que pensar o que se convencionou na nossa sociedade.

   E a água, um bem fundamental e essencial à vida, vai subir de preço !

V.C.em 25/03/2003